Conflito entre empregados e a importância da Gestão de Pessoas profissionalizada.
por CCHDCO regime de teletrabalho ganhou força na pandemia de Covid-19, mas, com a retomada das atividades presenciais, surgiram novos desafios nos ambientes de trabalho, especialmente quanto ao aumento de conflitos entre empregados, o que agora exige maior atenção e expertise dos gestores. Devido à diversidade de origens dos conflitos, é cada vez mais importante que os gestores continuem a se profissionalizar e atualizar quanto ao tema, e que contem com o apoio de consultores jurídicos especializados na mitigação eficaz de eventuais riscos trabalhistas oriundos dessas situações.
As idas e vindas de abertura e fechamento dos negócios durante o período de pandemia de COVID-19 fez com que inúmeras empresas optassem por manter seus empregados em regime de teletrabalho (home office) ou em sistema híbrido, que alterna a execução de atividades presenciais e remotas.
Porém, com o retorno das atividades e ritmos de trabalho após o encerramento gradativo da pandemia de COVID-19, as empresas passaram a enfrentar um desafio que, antes desse período de confinamento, era considerado como um tema de menor importância: o conflito entre empregados.
Conflitos com múltiplas origens
Ora devido a divergências sobre o trabalho em si, ora devido a divergências sobre os mais diversos assuntos da vida humana (política, cultura, orientação sexual etc.), as discussões nos ambientes de trabalho presenciais e virtuais têm demandado muito a atuação de líderes, gerentes e gestores em geral para não somente solucionar os conflitos, mas também para mitigar os riscos que esses eventos representam para a empresa.
Falta de aptidão de gestores como principal fator de risco às empresas
E justamente a partir da chegada das demandas aos gestores é que se identificam a maior parte dos problemas da empresa, pois nesse momento surgem inúmeras dificuldades na eleição de medidas para a condução e o enfrentamento desses conflitos, o que pode ser agravado pela falta de empatia em si, ou, a depender do caso, de uma falta de expertise e contato com situações similares.
A propósito, pela vivência prática do assessoramento das empresas, se constata que o resultado dessas dificuldades é a ineficiência do reconhecimento da existência e a extensão dos conflitos, o que leva à eleição de medidas equivocadas ou até mesmo na não adoção de quaisquer medidas, agravando ainda mais a situação.
Medidas ineficientes aumentam os riscos
É nesse cenário de ineficiência na adoção de medidas de mitigação de riscos que, a partir de situações de assédio moral (ou até mesmo sexual), conflitos de gerações, discriminações “ocultas”, discussões e brigas (com violência física, verbal, gestual) ou disputas/concorrências destrutivas entre empregados, a empresa fica exposta a possíveis condenações ao pagamento de quantias consideráveis em ações e fiscalizações trabalhistas.
Gestão profissional de conflitos é estar “um passo à frente”
Logo, a adoção de medidas que visem evitar os conflitos entre empregados e conter os impactos que essas situações causam é imprescindível para não expor a empresa a riscos desnecessários. A depender da realidade de cada empresa, pode se pensar nas seguintes medidas:
- Diálogo constante entre o gestor e os subordinados sobre os assuntos de trabalho, com abordagem aos desafios de projetos semanais e às propostas de solução etc., visando a promoção de um ambiente de trabalho colaborativo;
- Bate-papos semanais entre os membros de uma equipe, virtuais ou remotos, visando o alinhamento sobre métodos de trabalho e diminuição de desconfortos e desentendimentos que levem a situações de conflito;
- Reuniões individuais entre gestor e subordinado (on-on-one) para identificação de desafios do dia a dia do trabalho e de questões pessoais que nele impactam;
- Acompanhamento de equipes de compliance e de assessoramento jurídico trabalhista, como forma de apoio a gestores imediatos e líderes de Recursos Humanos.
Evidentemente que, para trabalhar de maneira profissional na gestão de conflitos, é crucial que o gestor se profissionalize e atualize sobre as mais recentes formas de identificação dos problemas existentes e, de maneira imparcial, conte com uma consultoria jurídica técnica e especializada na definição das melhores estratégias e medidas para a mitigação dos riscos daquele negócio específico.
Insatisfação dos empregados é prejudicial
Uma empresa que conta com empregados insatisfeitos sofre não somente com a queda na produtividade, mas também com a diminuição da qualidade dos serviços e produtos comercializados e com a diminuição da reputação perante o mercado em geral e o mercado de trabalho.
Importância da consultoria jurídica técnica e especializada em gestão de conflitos
Por isso, o treinamento de gestores e líderes de Recursos Humanos, representantes diretos da empresa perante os empregados em geral, por parte de uma consultoria jurídica técnica e especializada é fundamental para a mitigação de riscos.
Autores:
Leonardo Bezerra Magalhães
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Luiz Paulo Salomão
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Patrícia Maria Haddad
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